O Museu AfroDigital Galeria Rio de Janeiro tem por objetivo construir um acervo digital e exposições virtuais sobre as práticas daqueles que se identificam a si mesmos ou são identificados como afrodescendentes. A criação da Galeria Rio de Janeiro parte da importância do cidade e do estado do Rio de Janeiro em termos de construção de uma memória para a população negra ou afrodescendente. Não só é uma referência histórica e cultural, como também reúne instituições como a Biblioteca Nacional, Arquivo Nacional, além de outras de ensino e pesquisa que vêm se dedicando ao tema. Buscamos, portanto, criar uma galeria digital, com perspectiva interdisciplinar, como espaço privilegiado para o encontro de diversos saberes sobre a chegada e permanência da população africana e de seus descendentes.
Enquanto espaço conceitual um museu digital pode contribuir na inclusão da população negra, que tem suas produções culturais e representações identitárias tradicionalmente excluídas de espaços e institucionais formais. A digitalização de informações é um instrumento que pode facilitar a repatriação de documentos e divulgar outros de difícil acesso. Propomos, portanto, que o Museu AfroDigital atue democratizando o acesso ao saber acumulado e descentralizando formas de conhecimento.
Consideramos documentos um conjunto amplo de registros: reproduções de material impresso como recortes de jornais; documentos pessoais; cartas; atas; textos publicados ou não; poesias; receitas culinárias ou da medicina tradicional; fotos; iconografia; gravações e partituras de músicas; depoimentos; rezas; cantigas; reproduções de objetos ou artefatos da cultura material; filmagens; e gravações de eventos culturais ou políticos.
A documentação obtida está disponibilizada em exposições e arquivos. Dentro de uma perspectiva de que a linguagem de hipermídia tem como característica o diálogo com um público ampliado e incentivando a interação, pretendemos que o usuário possa ser produtor de conhecimento ao contribuir com seleção, identificação e classificação de documentos. Parte-se da ideia que o aprimoramento do sistema utilizado pelo Museu AfroDigital conduza os usuários a propor e criar novas exposições e doar documentos ao acervo digital.
A partir de outubro de 2019, passamos a ser Programa de Extensão Museu Afrodigital Rio de Janeiro. Estamos no Decult/PR-3 (Pró reitoria de Extensão e Cultura).